O vírus HPV é altamente contagioso e sua transmissão acontece principalmente pelo contato sexual. A novidade é que a partir deste mês os meninos de 12 a 13 anos também poderão ser vacinados contra o HPV de forma gratuita pelo SUS.
Quem pode receber essa vacina gratuitamente pelo SUS?
Meninas entre 9 e 13 anos.
Meninos entre 12 e 13 anos.
Qual a vantagem de vacinar meninos?
Proteção contra o câncer de pênis, garganta, ânus e contra verrugas genitais.
E principalmente: vacinando meninos você também evita que as meninas contraiam o HPV.
Essa vacina é tão importante que EUA, Austrália, Israel, Porto Rico e Panamá também já adotaram o esquema de vacinação em meninos.
Quais as vacinas existentes contra o HPV?
Existem 2 vacinas existentes, uma é disponibilizada pelo SUS e a outra é encontrada em clínicas particulares.
CERVARIX protege contra 2 tipos de HPV: não é ministrada pelo SUS, mas pode ser aplicada em clínicas particulares, sendo recomendada entre 10 e 25 anos.
GARDASIL protege contra 4 tipos de HPV: essa vacina é dada pelo SUS gratuitamente em faixas etárias específicas, mas é recomendado que tanto meninas quanto meninos entre 9 e 26 anos sejam vacinados.
Quais os esquemas possíveis para aplicação dessa vacina?
Existem 3 esquemas possíveis de aplicação.
Esquema de 2 doses: sendo a 2ª dose após 6 meses da 1ª.
Esquema clássico de 3 doses: sendo a 2ª dose após 2 meses e a 3ª dose após 6 meses da 1ª.
Esquema clássico estendido de 3 doses: sendo a 2ª dose após 6 meses e a 3ª dose após 5 anos da 1ª, este esquema é aplicado no Canadá, México, Chile e Suíça.
Qual o esquema adotado pelo SUS?
O Brasil passou a adotar o mesmo esquema do Reino Unido, para crianças de até 15 anos, que consiste em 2 doses, com intervalo mínimo de 6 meses e máximo de 24 meses entre as doses.
Mas o esquema de 2 doses é eficaz? Qual seria a vantagem de se aplicar uma 3ª dose da vacina?
Existem vários estudos que conseguiram demonstrar que com 2 doses da vacina, o efeito protetor em meninas menores de 15 anos é excelente e a OMS já se pronunciou favorável a adoção desse esquema.
São necessários estudos para comparar os esquemas de 2 e 3 doses, mas a princípio, uma 3ª dose aumentaria a proteção a longo prazo.
Essa vacina pode causar doença?
Não existe nenhum risco, tanto que a ANVISA e o FDA liberaram sua comercialização. Essa vacina é confeccionada a partir de uma proteína da capa externa do vírus, não contendo DNA infectante.
Meu filho (a) deixou de tomar uma das doses, ele (a) deve recomeçar o esquema vacinal?
Não, se o esquema vacinal for interrompido ele não deve ser reiniciado, deve-se dar continuidade da onde parou.
Meu filho (a) antecipou uma das doses, o que fazer?
Doses realizadas com intervalos menores do que o recomendado deverão ser refeitas.
Meu filho (a) não iniciou relações sexuais, ainda assim ele deve ser vacinado?
Obviamente que sim. O benefício da vacina é ainda maior quando feita antes da iniciação sexual.
Quais os efeitos adversos da vacina?
Dor, inchaço, vermelhidão e coceira no local da aplicação.
Dor de cabeça e febre.
Por dor a criança pode não querer movimentar a perna, dando a impressão de paralisia local.
E o componente de alumínio da vacina não é prejudicial?
Não há nenhuma evidência científica que vacina com alumínio cause danos ou que a presença de alumínio no local da injeção esteja relacionada ao desenvolvimento de qualquer doença.
Quanto tempo de proteção essa vacina garante?
Estudos já demonstraram que a proteção dura pelo menos 5 anos, tendo estudos que já mostraram proteção por 8 anos e meio.