O aleitamento materno deve ser exclusivo até os 6 meses e deve ocorrer até pelo menos 2 anos e isso se deve principalmente ao fato de o leite materno ser o alimento mais completo e também proporcionar vínculo, apego e amor.
Não existe um limite para o aleitamento materno.
Segundo estudos bem antigos e atuais, a amamentação em seres humanos dura em torno de 2 a 3 anos e o desmame deve ocorrer de forma natural.
Existem inúmeros benefícios em se realizar o aleitamento materno continuado
Mas os pais precisam estar cientes desses benefícios e quererem isso. É muito importante que haja apoio da família e que o Pediatra esteja apoiando também.
O aleitamento materno continuado protege as crianças menores de 5 anos contra infecções como diarréia e infecções respiratórias – incluindo resfriados e pneumonias.
Crianças com 2 anos que mamam no peito têm 50% menos chance de morrer do que aquelas que não mamam.
O leite materno é muito rico em imunoglobulinas e outras substâncias que nenhuma fórmula contém – e tudo isso protege contra infecções.
O aleitamento materno faz com que as crianças tenham uma melhor função mastigatória e ele reduz a chance de má oclusão dental.
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Crianças sob aleitamento materno continuado têm redução de 25% na chance de terem sobrepeso ou obesidade na vida adulta.
Sem contar que o aleitamento materno contribui para um melhor desenvolvimento cognitivo.
O QI dessas crianças é 3,44 acima daquelas que não mamaram no peito, isso foi observado através de um estudo que envolveu crianças que haviam sido amamentadas por pelo menos 12 meses versus por menos de 1 mês.
Para as mães há proteção contra câncer de mama, ovário e diabetes.
Quanto mais tempo dura a amamentação, maior a proteção.
Infelizmente, muitas crianças não são amamentadas ou são amamentadas por um período muito curto.
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Mas por que será que isso acontece?
Muitos pais acham que a amamentação prolongada faz mal à criança e à mãe sob o ponto de vista psicológico.
Muitos acham que a criança fica muito dependente.
Mas isso não tem fundamento científico nenhum.
Crianças que tem um bom vínculo com a mãe e desmamam naturalmente tendem a ser mais independentes no futuro – e isso já foi provado em estudos.
Crianças são capazes de desmamar por si próprias
Muitos não acreditam que isso é possível e que são os pais que devem colocar um ponto final – o que não é verdade.
O desmame natural pode ocorrer entre 2 e 4 anos.
O desmame é dito como natural, mas existe sempre a participação materna.
É a mãe que vai ver o momento em que a criança está pronta e vai impor limites adequados para a idade juntamente com a ajuda do Pediatra.
O processo de desmame não é fácil – em breve haverá uma postagem específica sobre esse tema que tanto fere os sentimentos das mães.
Quase 60% das crianças menores de 1 ano usam mamadeira.
Muitos pais e cuidadores apostam na mamadeira por achar ela um meio fácil de alimentação – principalmente pais que trabalham.
Mas os pais devem pesar sempre os riscos e benefícios juntamente com o pediatra que acompanha a criança.
Quase 50% dos menores de 1 ano usam chupeta.
O grande problema da chupeta é o aumento no desmame precoce.
Não existe certo ou errado em relação ao uso da chupeta, mas tudo isso deve ser conversado nas consultas com o pediatra, pois os pais devem ter ciência dos riscos e dos benefícios.
O maior obstáculo ao aleitamento materno prolongado é o trabalho materno.
Mas tudo vai depender da ocupação, horas de trabalho, do suporte da família e dos colegas/chefe da empresa.
E acredite, é possível sim seguir com o aleitamento materno mesmo trabalhando.
Basta querer e ter o apoio necessário.
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É fundamental que os pais estejam presentes nas consultas e fiquem esclarecidos em relação ao aleitamento materno continuado.
Muitos pais não sabem dos benefícios e acabam desencorajando as mães.
O aleitamento materno vai muito além do alimentar a criança e os pais devem estar seguros e confiantes em relação a isso.
Não, não é fácil amamentar!!!
Infelizmente é uma tarefa para poucos, para os poucos que querem e para os poucos que encontram o apoio que gostariam.
Mas todo esforço vale a pena.
Sempre acredite e persista.
Confie na sua decisão e confie no seu Pediatra.
Uma relação de confiança é tudo que seu filho (a) precisa.
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Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria.